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Saiba como prevenir riscos da Hepatite C


 

Prevenção da hepatite C
Os instrumentos da manicure devem estar devidamente esterilizados para evitar a transmissão da doença

A hepatite C é uma doença que estima-se atingir 180 milhões de pessoas no mundo, das quais cerca de três milhões seriam brasileiros. Doença inicialmente silenciosa, ela costuma evoluir para um quadro crônico sem ser diagnosticada em 85% dos casos. O diagnóstico precoce favorece o sucesso de tratamentos para o controle dos sintomas e do avanço da doença.

“A contaminação pode acontecer por transfusão de sangue e outros instrumentos cortantes, como as ferramentas da manicure”, alerta a hepatologista Dra. Edna Strauss, do HCor. Para se proteger, a médica sugere algumas alternativas, como usar instrumentos próprios ao fazer as unhas ou ir apenas a manicures que tenham equipamentos apropriados de esterilização.

Para reforçar os cuidados com esse tipo de serviço, o Ministério da Saúde recomenda às manicures lavar as mãos antes e depois de cada procedimento, não reutilizar lixas de unhas nem palitos de madeira, trocar revestimentos de plástico e lavar bacias de mãos, usar toalhas limpas para cada cliente, esterilizar alicates, espátulas e outros instrumentos de metal, em estufas ou autoclaves. Cerca de 30% dos contágios de hepatite C acontecem por meios desconhecidos.

A contaminação pode acontecer por transfusão de sangue e outros instrumentos cortantes, como as ferramentas da manicure

Por isso, a especialista recomenda não compartilhar objetos como escovas de dentes, agulhas de acupuntura e aparelhos de barbear, além do uso de preservativos nas relações sexuais.

A doença é caracterizada pela inflamação do fígado na infecção aguda e fibrose, nos casos crônicos. “Seus sintomas iniciais podem ser confundidos com os da gripe: febre, dores no corpo, náusea e falta de apetite. Atualmente, em São Paulo, estima-se a existência de 156 mil pessoas infectadas pelo vírus da hepatite C”, afirma a Dra. Edna.

Uma vez diagnosticada, a doença requer tratamento medicamentoso, realizado com antivirais. São necessários pelo menos seis meses de tratamento, sendo que em muitos casos, o uso dos medicamentos se prolonga por até 12 meses. Se a pessoa ainda não tiver desenvolvido cirrose, a chance de cura é alta, chegando a até 70%.

Para comprovar a eliminação do vírus, é preciso esperar seis meses após o término do tratamento para ser submetido a novos exames. Na literatura médica, as chances gerais de cura variam entre 40% e 60%. O início do tratamento costuma gerar algumas reações adversas, como náuseas, perda de cabelo, febre e dores no corpo, como uma gripe forte.