Saiba como prevenir e tratar arritmias cardíacas
HCor conta com um moderno sistema de mapeamento computadorizado 3D, que auxilia os médicos na identificação e localização dos focos da doença
O ritmo normal do coração oscila entre 50 e 90 batimentos por minuto. Quando a frequência fica abaixo (bradicardia) ou acima (taquicardia) destes índices, o paciente é diagnosticado com arritmia cardíaca. Geralmente, surgem sintomas como palpitações, tonturas, desmaios, dores no peito e falta de ar. “Trata-se de uma doença que representa grande risco à população e exige cuidado permanente, pois em muitos casos pode ocasionar situações irreversíveis, como paradas cardíacas graves”, afirma Dr. Enrique Pachón, cardiologista do Serviço de Arritmias Cardíacas do HCor.
A ablação por radiofrequência é o procedimento mais eficiente para o tratamento definitivo das arritmias cardíacas. É realizada através dos cateteres por veias e artérias, sem a necessidade de abertura do tórax, sendo sugerida ao paciente quando a arritmia representa algum risco.
Atualmente, a ablação realizada no laboratório de arritmias do HCor conta também com um moderno sistema de mapeamento computadorizado 3D (mapeamento eletro-anatômico) que auxilia os médicos na identificação e localização dos focos de arritmias, aumentando consideravelmente o índice de sucesso nas ablações, e reduzindo drasticamente os riscos da manipulação do coração e também do uso do Raio-X.
Outros tratamentos que envolvem a tecnologia são os modernos marca-passos cardíacos que tratam as arritmias mais graves ao aplicar estímulos automáticos no coração (os chamados desfibriladores implantáveis), mesmo que o paciente apresente a arritmia muito longe do hospital ou de seu médico. “É como se o paciente carregasse, dentro de si, o seu médico, para tomar as providências na hora que precisar. Os marca-passos ressincronizadores também podem tratar a insuficiência cardíaca, ao estimular as áreas específicas do coração e recuperar a força de contração”, esclarece Dr. Pachón.
“O tipo de arritmia cardíaca muito comum e capaz de provocar o AVC é conhecida como fibrilação atrial. Trata-se de um distúrbio que altera tanto a frequência quanto o ritmo cardíaco, é o
mais frequente na atualidade. No Brasil, estima-se que cerca de 2 milhões de pessoas sejam afetadas por esta fibrilação atrial”, afirma o cardiologista.
Vale lembrar que mais de 95% das mortes súbitas ocorrem fora do ambiente hospitalar. “Por isso, ter conhecimento do suporte básico de vida, por exemplo, pode garantir a rápida intervenção e aumentar consideravelmente a taxa de sobrevida durante um evento. Quando as manobras de ressuscitação são iniciadas imediatamente e em até sete minutos após a parada cardíaca, mais da metade dos pacientes podem ser salvos”, revela Dr. Pachón. “A sobrevida dos pacientes que sofrem uma parada cardíaca pode ser totalmente modificada quando utilizamos adequadamente o desfibrilador automático, cada vez mais presente em muitos locais públicos”.
No Brasil, estima-se que cerca de 2 milhões de pessoas sejam afetadas por esta fibrilação atrial”
No ritmo da prevenção
O diagnóstico das arritmias cardíacas é feito por meio de uma minuciosa avaliação clínica e por exames como o eletrocardiograma, Holter, teste ergométrico, estudo eletrofisiológico, entre outros.
“Assim como no infarto, as arritmias podem ser evitadas e controladas com algumas medidas preventivas como reduzir o estresse, ter uma alimentação balanceada, rica em legumes, frutas e verduras, não exagerar no consumo de bebidas alcoólicas e de energéticos, não fumar e praticar atividades físicas regularmente”, explica Dr. Pachón. “Trata-se de uma questão que merece atenção. O tratamento preventivo das arritmias cardíacas é altamente eficaz permitindo evitar grande número de casos fatais” afirma.