Saiba como identificar sinais de alerta do AVC
Fraqueza repentina, formigamento ou perda de sensibilidade na face e membros, além de tontura e dor de cabeça súbita e intensa são alguns dos sintomas
A cada ano, independente de sexo ou idade, mais de 300 mil pessoas sofrem Acidente Vascular Cerebral (AVC), sendo que um terço não resiste. De acordo com o Ministério da Saúde, é a primeira causa de morte em muitos municípios, além de ser a causa mais importante de incapacidade, com enorme impacto econômico e social. O AVC isquêmico é o mais comum, caracterizado pela falta de sangue em determinada área do cérebro, decorrente da obstrução de uma artéria.
O outro tipo é o hemorrágico, quando há sangramento provocado por rompimento de um vaso sanguíneo. Conhecer os sinais de alerta do AVC, chamado popularmente de “derrame”, e buscar o atendimento mais rápido possível podem salvar vidas e reduzir sequelas.
“O resultado do tratamento é melhor quanto mais rápido for o atendimento. Se o paciente for tratado em uma hora, as chances de recuperação são muito maiores do que se for atendido duas, três ou quatro depois”, explica o Dr. Eli Faria Evaristo, neurologista e coordenador do Protocolo de Atendimento ao AVC, do HCor. Na maioria dos casos, depois das primeiras quatro horas, a perspectiva de recuperação diminui. Por isso, diante de qualquer sintoma repentino de fraqueza, formigamento ou perda de sensibilidade na face e membros, especialmente de um lado do corpo, além de dor de cabeça súbita e intensa sem causa aparente, falta de equilíbrio, perda da fala, tontura, confusão, alterações visuais e psicomotoras, é preciso buscar atendimento médico imediatamente. Outro ponto importante para o êxito do atendimento é que o local para onde a pessoa for levada tenha condições adequadas, com estrutura de exames de imagem, tomografia ou ressonância, equipe de neurologia e protocolo de atendimento. “Essa estrutura é imprescindível, assim como o protocolo, que é um conjunto de medidas e ações multiprofissionais para atender o paciente de forma dinâmica, integrando a área médica, enfermagem, nutrição, fisioterapia, psicologia, fonoaudiologia e outras”, afirma o neurologista.
O resultado do tratamento é melhor quanto mais rápido for o atendimento. Se o paciente for tratado em uma hora, as chances de recuperação são muito maiores do que se for atendido duas, três ou quatro depois
Os fatores de risco são pressão alta, diabetes, colesterol elevado, obesidade, sedentarismo, apneia do sono e tabagismo, além do histórico familiar. A incidência é maior após os 55 anos, mas pode ocorrer em qualquer idade. “Quando há histórico familiar muito marcante de doenças cardiovasculares ou neurológicas, já é um provável indicativo de que a pessoa tem que se cuidar. Mulheres com histórico de trombose na família, associado ao fumo ou ao uso de hormônios, precisam ter muita atenção”, orienta Dr. Eli. A prevenção é semelhante à de outras doenças circulatórias e cardiovasculares, por exemplo. O controle dos fatores de risco, aliado à prática de atividade física, alimentação equilibrada e aos bons hábitos de sono, reduz o risco de AVC.
Como identificar um AVC
SORRIA – Peça para dar um sorriso.
ABRACE – Peça para elevar os braços.
MÚSICA – Repita a frase como uma música.