A importância da prevenção na infância

Doenças crônicas como diabetes e hipertensão podem ser evitadas com a adoção de hábitos saudáveis nos primeiros anos de vida

Considerada uma epidemia mundial a obesidade vem crescendo em todo o mundo. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que 41 milhões de crianças com menos de 5 anos estão obesas ou estão acima do peso. Já na faixa entre 5 e 19 anos são 124 milhões de crianças e adolescentes obesos.

Esse número é um bom reflexo do comportamento mundial atual, em que atividades como brincar de correr na rua, andar de bicicleta e fazer refeições com a família reunida à mesa caíram em desuso e hoje em dia dão lugar a jogos eletrônicos, celulares e excesso de alimentos industrializados.

“O diagnóstico de doenças crônicas na infância muitas vezes está relacionado a erros alimentares e hábitos de vida inadequados. Em muitos casos, a correção da dieta e a prática de exercícios físicos indicados para cada faixa etária mostra resultados satisfatórios em crianças e adolescentes”, afirma Dra. Ieda Jatene, cardiologista e Coordenadora do Serviço de Cardiopatias Congênitas e Cardiologia Pediátrica do HCor.

Encontrar o equilíbrio com opções nutritivas e não incentivar o consumo exagerado de guloseimas é o caminho. “Não existe alimento bom ou ruim e sim comportamento bom ou ruim. Nada é proibido, desde que com bom senso. Frutas, legumes e verduras compõem importantes grupos alimentares com vitaminas, minerais e baixo teor calórico e devem ser consumidos, pois aumentam a imunidade e atuam na prevenção de doenças”, explica a Gerente de Nutrição do HCor, Rosana Perim.

Para a nutricionista é necessário orientar e trazer a criança mais para o convívio social, principalmente no momento da refeição. “É importante explicar para a criança o que ela está comendo e a quantidade ideal. Tudo deve estar inserido nesse contexto”, acrescenta Rosana.

“O impacto na idade adulta é que o controle inadequado dos níveis glicêmicos, da pressão arterial e o sedentarismo contribuem para o desenvolvimento da aterosclerose, incluindo a doença coronariana, uma vez que são fatores de risco para o infarto do miocárdio e o acidente vascular cerebral”, finaliza Dra. Ieda