HCor reduz dores crônicas em pacientes com aplicação de técnica inovadora
Tratamento não-invasivo com "ondas de choque" elimina a dor em casos de lesões e inflamações crônicas. Método estimula a regeneração de tecidos moles e ósseos
Um dos maiores desafios da medicina atualmente é a busca por tratamentos não-invasivos, que possibilitem uma recuperação mais rápida e efetiva do paciente. Nesse cenário, o tratamento com “ondas de choque” desponta como alternativa promissora para combater dores crônicas.
“As ondas de choque normalizam a circulação sanguínea e estimulam as células em regiões debilitadas do organismo, fazendo com que elas voltem a se reproduzir de maneira saudável. Assim, inicia-se um processo de regeneração dos tecidos tratados, evitando medicamentos e procedimentos invasivos”, explica o fisiatra do HCor, Dr. Gilson Shinzato.
Por mais incapacitantes e persistentes que sejam as dores, a grande maioria dos pacientes já observa algum alívio na aplicação inicial, e obtém a cura até a terceira sessão de tratamento. Casos com muitas áreas inflamadas precisam de mais sessões.
O tratamento utiliza um equipamento similar ao ultrassom, que também faz as aplicações através da pele, com gel comum. A intensidade das ondas é aumentada gradualmente, de acordo com a tolerância do paciente. “As ondas inibem das fibras nervosas finas que conduzem a dor, o que gera sensação de alívio em poucos minutos. Não é preciso nenhuma anestesia”, destaca Dr. Shinzato. O paciente é liberado com recomendação de repouso nos primeiros dias para aproveitar o efeito anti-inflamatório e regenerativo que ocorre nas primeiras 48 horas. As sessões se repetem com intervalos semanais ou quinzenais.
O sistema é considerado o mais versátil no mercado mundial e oferece tratamento abrangente através de dois tipos de ondas de choque: as focais e as radiais. O primeiro tipo tem maior energia, atinge tecidos mais profundos e trata problemas como tendinites com calcificações, fascites, inflamações nas inserções tendíneas (entesites), pontos-gatilho de dor miofascial mais profundos, além de retardo de consolidação em fraturas.
Já as ondas de choque radiais são geradas por mecanismo pneumático, e têm sua excelência nos tecidos mais superficiais como a pele, as inserções de tendões e tecidos musculares de menor profundidade.
Como surge a dor crônica
A dor se torna crônica após alguma lesão ou degeneração tecidual quando há dificuldade no processo natural de regeneração, não ocorrendo a cura espontânea. É comum o atendimento de pacientes com dores muito crônicas em várias regiões do corpo, que não responderam aos tratamentos convencionais. “Só quando se tratam completamente os quadros inflamatórios dos tendões e das articulações é que as dores musculares se resolvem, pois são consequência de uma reação de defesa do organismo ao redor das áreas inflamadas”, afirma o fisiatra.