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Marca-passo cerebral auxilia portadores de Doença de Parkinson a retomar controle dos movimentosDoençaMarca-passo cerebral auxilia portadores de  de Parkinson a retomar controle dos movimentos

Marca-passo cerebral auxilia portadores de Doença de Parkinson a retomar controle dos movimentosDoençaMarca-passo cerebral auxilia portadores de de Parkinson a retomar controle dos movimentos

Aplicada por neurocirurgião do HCor, técnica inovadora tem obtido sucesso em conter o avanço dos sintomas da doença e proporcionar melhor qualidade de vida aos pacientes que chegam a obter uma melhora de até 90% após a cirurgia

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Doença de Parkinson atinge cerca de 1% da população mundial, acima dos 65 anos. Por isso, já é a segunda doença neurodegenerativa mais frequente em todo o globo. “Só no Brasil, cerca de 400 mil pessoas são portadoras de Parkinson. Porém, embora tais números sejam preocupantes, informações sobre o problema em si e os métodos de tratamento disponíveis ainda são pouco conhecidos no país”, afirma a equipe de neurologia do HCor.

Em prol do Dia Mundial de Combate ao Doença de Parkinson (11 de abril), a equipe explica que, apesar de ser degenerativo e de não ter cura, o Doença de Parkinson possui alternativas de tratamento capazes de auxiliar os portadores da doença a retomar o controle de seus movimentos. Entre elas está o implante do chamado marca-passo cerebral.

“Esta técnica é inovadora e tem obtido sucesso em conter o avanço dos sintomas da doença e proporcionar melhor qualidade de vida aos pacientes que chegam a obter uma melhora de até 90% após a cirurgia, dependendo de seu estado de saúde”, revela a equipe de neurologia do HCor.

De acordo com a equipe de neurologia do HCor, o equipamento utilizado neste tipo de procedimento é muito semelhante ao marca-passo cardíaco. Trata-se de um aparelho pequeno que funciona com impulsos elétricos localizados. “Ele age sob as áreas do cérebro afetadas pela doença de Parkinson com o objetivo de regredir de cinco a dez anos o avanço dos sintomas”, explica. “Novos estudos mostram que, se o paciente começa a ser debilitado pela doença, apresentando dificuldade no trabalho ou no convívio familiar, o marca-passo deve ser aplicado o mais rapidamente possível. Ou seja, no máximo, de cinco a dez anos após o diagnóstico”, alerta a equipe de neurologia do HCor.

Funcionamento da Cirurgia de implantação do marca-passo

Para implantar o marca-passo, o paciente é submetido a uma cirurgia. Eletrodos são colocados no cérebro e ligados ao marca-passo, que fica sob a pele na altura da clavícula. Eles são ligados por um fio, chamado de extensão, também sob a pele. Esse conjunto irá realizar a chamada estimulação elétrica profunda cerebral, que irá interferir nos sinais que causam os sintomas motores do Doença de Parkinson. “Com a melhora dos sintomas, o paciente pode diminuir e às vezes voltar a não usar remédio para tratamento e, assim, ficar livre dos efeitos colaterais das drogas, que chegam a incluir delírio e alucinações”, revela a equipe de neurologia do HCor.

Eficiência e Resultados do tratamento

A utilização de marca-passo cerebral para Doença de Parkinson é um tratamento aceito mundialmente e também no Brasil pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). Pacientes que têm a oportunidade de contar com este tipo de terapia passam a necessitar, cada vez menos, das medicações anti-parkinsonianas de que costumavam fazer uso. Como resultado, permanecem no trabalho por pelo menos 10 anos a mais e conseguem uma vida normal apesar da doença. “Atualmente, o uso do marca-passo cerebral não só começa a ser uma realidade, mas também tende a crescer. Isso porque, além de trazer economia para os sistemas de saúde por diminuir a necessidade de medicamentos, garante independência ao paciente em relação a cuidados hospitalares ou à supervisão de enfermeiros e cuidadores domésticos, por exemplo”, afirma a equipe de neurologia do HCor.

Segurança e Desempenho

Vários foram os avanços no uso do marca-passo cerebral para doença de Parkinson, ao longo dos últimos anos em todo o mundo. No HCor, os riscos do implante diminuíram imensamente em função das avançadas técnicas de imagem disponíveis na sala de cirurgia híbrida do hospital que inclui ressonância magnética, cuja aplicação permite perfeita visualização dos vasos sanguíneos cerebrais e da localização no cérebro, onde o eletrodo deve ser implantado. “Graças à moderna estrutura que temos no hospital, até mesmo sangramentos, durante da cirurgia, por exemplo, são virtualmente inexistentes. Quanto aos resultados pós-operatórios, a melhora obtida pelos pacientes atendidos no HCor chega a ser de até 90%”, conclui a equipe de neurologia do HCor.