Em estágios mais leves doença pode ser tratada com uma nova técnica de preenchimento da cartilagem; Estima-se que cerca de 15 milhões de brasileiros acima de 60 anos sofrem com a doença; Embora inevitável, um diagnóstico precoce é possível garantir melhor qualidade de vida ao paciente
Os joelhos são articulações fundamentais para o nosso equilíbrio. Ao longo da vida, naturalmente, as cartilagens que revestem as extremidades ósseas desta região se desgastam, causando dores intensas e incapacitantes, além da perda progressiva dos movimentos. Fatores genéticos, atividade física que exige impacto repetitivo, traumas e obesidade são os gatilhos que levam à artrose. Estima-se que cerca de 15 milhões de brasileiros acima de 60 anos sofrem com a doença
Mas como, afinal, ocorre esse desgaste? Fazendo uma analogia, vamos imaginar que a cartilagem que reveste os ossos nas articulações tem uma certa espessura, como o “pneu de um carro”. Conforme o uso, essa espessura diminui, até chegar à “lona”, o que, na articulação, corresponde à degeneração da cartilagem até chegar ao osso. Neste estágio, a dor fica mais forte e o quadro se agrava.
A artrose é inevitável, mas com um diagnóstico precoce, é possível garantir melhor qualidade de vida ao paciente. Ao menor sinal de dor, o ideal é consultar o médico. Um check-up preciso só é possível por meio da avaliação clínica individualizada de cada paciente, além de exames como radiografia, ressonância magnética, tomografia computadorizada e ultrassom. Já em estágios avançados, a estratégia terapêutica mais indicada é a intervenção cirúrgica. No HCor, por exemplo, são realizadas, em média, 150 cirurgias por ano de artroscopia (limpeza articular – retirada de fragmentos, pequenas lesões da cartilagem), osteotomia (cirurgias de alinhamento articular) e artroplastias (substituição das articulações com próteses), com excelentes resultados no tratamento da artrose.
Recentemente, uma nova técnica, vinda dos Estados Unidos, vem sendo realizada para casos leves, é a subcondroplastia. “Consiste no preenchimento das áreas lesionadas com material à base de fosfato de cálcio. Esta substância é injetada na linha logo abaixo da cartilagem. O procedimento é rápido e tem se mostrado eficaz por prolongar a evolução das articulações”, explica o coordenador da Ortopedia do HCor – Hospital do Coração, Prof. Dr. Gilberto Luis Camanho.
Prevenção
Para prevenir a artrose é necessário adotar hábitos saudáveis, como uma alimentação balanceada, controlando o peso que evita a sobrecarga nos joelhos e praticando exercícios que contribuem para a prevenção da doença, como caminhada, natação, ginástica e andar de bicicleta, por exemplo.
Apesar de ser considerada uma doença da terceira idade, hoje já se sabe que os exercícios aeróbicos como a corrida, o ciclismo e a natação melhoram a saúde do coração e permitem que os músculos trabalhem de forma mais eficiente, protegendo os joelhos. Mas, antes de se aventurar, é preciso se preparar previamente com a ajuda profissional para evitar o risco de acelerar a degradação cartilaginosa e, consequentemente, a artrose precoce. “A avaliação médica com testes funcionais e de equilíbrio muscular são importantes. Além disso, fatores como a anatomia individual têm de ser analisadas e bem orientadas”, alerta Dr. Camanho.
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