No Dia Mundial do Rim, que este ano será comemorado em 12 de março, a nefrologista do HCor alerta para os cuidados com os rins
Aproximadamente 1,5 milhão de brasileiros têm DRC (Doença Renal Crônica), estima a Sociedade Brasileira de Nefrologia, sendo que a pressão alta corresponde a 35% dos casos e a diabetes a 30%. A obesidade, presença de doença renal na família, tabagismo e idade acima de 50 anos também são fatores de risco preocupantes para a doença.
Os rins são fundamentais para o equilíbrio do organismo. Eles filtram o sangue e retiram substâncias tóxicas, provenientes de alimentos e medicamentos, geradas diariamente pelo nosso corpo. Ainda, eles produzem hormônios, como a eritropoietina, que controla a produção dos glóbulos vermelhos no sangue, a renina e a angiotensina, que controlam a pressão arterial. Os rins também mantém o equilíbrio dos fluídos e eletrólitos no corpo como o sódio, potássio, cálcio, fósforo e bicarbonato.
Quando este órgão não realiza suas funções direito pode ocorrer acúmulo de toxinas como ureia, creatinina, potássio e de líquido no organismo. Pode surgir anemia pela redução da produção de glóbulos vermelhos, hipertensão arterial, redução da vitamina D e da massa óssea. Depois dos 40 anos o indivíduo perde, em média, 1% da função renal anualmente. Um em cada dez adultos é portador de doença renal.
De acordo com a nefrologista Leda Lotaif, do HCor – Hospital do Coração, em São Paulo, quando o rim apresenta algum problema, os sinais e sintomas costumam ser praticamente imperceptíveis, assim muitos só descobrem a doença quando já está em grau avançado. “A evolução da doença renal é silenciosa e passa desapercebida, mesmo quando os rins funcionam com apenas de 15 a 20% da sua capacidade. Por isso é importante orientar a população para prevenir e identificar precocemente a DRC”, explica a nefrologista do HCor.
Os homens correspondem a 58% dos pacientes renais e 31% dos que sofrem de insuficiência renal têm mais de 65 anos. O exame de urina e a dosagem da creatinina no sangue são importantes para avaliar a condição dos rins, especialmente para as pessoas do grupo de risco.
Segundo a nefrologista do HCor há duas formas de tratamento de reposição renal: o transplante e a diálise. A diálise pode ser de dois tipos: a hemodiálise, geralmente realizada no hospital ou clínica e em média três vezes por semana. Já a diálise peritoneal, é realizada em casa e geralmente enquanto o paciente está dormindo. O tempo de cada sessão e a frequência são definidos pelo nefrologista. No Brasil, mais de 100 mil pessoas fazem diálise.
“O estilo de vida saudável como a alimentação balanceada, controle do peso, prática de atividades físicas regulares, controle da pressão arterial e da taxa de açúcar no sangue, bem como a ingestão de dois litros de água diariamente, além de evitar o tabagismo, certamente são atitudes que ajudarão na prevenção dos males que acometem os rins”, finaliza a Dra. Lotaif do HCor.
Principais sinas e sintomas dos portadores de doenças renais:
- Inchaço dos membros superiores e/ ou inferiores;
- Palidez;
- Náuseas;
- Hematomas;
- Perda de peso não planejada, sem mudança nos hábitos de alimentação;
- Sede intensa;
- Indisposição;
- Fragilidade óssea.
Principais causas das doenças renais:
- Hipertensão;
- Diabetes;
- Histórico familiar;
- Obesidade;
- Tabagismo;
- Idade acima de 50 anos;
- Doenças cardiovasculares.
Como evitar as doenças renais:
- Hábitos alimentares saudáveis;
- Controle do peso;
- Prática de atividade física regular;
- Controle da pressão arterial;
- Ingestão de aproximadamente dois litros de água diariamente;
- Evitar o tabagismo;
- Controle da taxa de açúcar no sangue, principalmente se for diabético e/ ou tiver antecedente familiar.