Cardiologista do HCor explica a importância de uma avaliação física e de exames para a prevenção de doenças.
Sempre que um novo ano se aproxima, é comum fazer planos de cuidar melhor da saúde. Mas para que tudo corra bem, a melhor alternativa ainda é começar passando por um check-up preventivo para avaliar as condições do corpo e evitar que algum problema se agrave. “Entre os meses de janeiro e fevereiro a busca por check-ups em nosso hospital cresce 30%”, explica o Dr. César Jardim, cardiologista e responsável pelo Clinic Check-up HCor.
Por meio de sua equipe multidisciplinar, o Clinic Check-up do HCor estabelece diversas avaliações médicas com o intuito de identificar eventuais doenças e seus possíveis fatores de risco – baseado em dados clínicos e exames. São pesquisadas doenças frequentes e clinicamente importantes com impacto na saúde e na qualidade de vida, como tumores, doenças cardiovasculares, metabólicas e infecciosas. “Controlando os fatores de risco e tendo uma vida saudável, com alimentação equilibrada e exercícios físicos adequados, é possível reduzir em até 90% o risco de infarto”, explica o cardiologista Dr. Jardim.
Para isso, o serviço conta com uma equipe multidisciplinar composta por cardiologistas, urologistas, ginecologistas, fisiatras, dermatologistas, oftalmologistas, proctologistas e nutricionistas. “O check-up preventivo é caracterizado por ser um apanhado de exames médicos e avaliações físicas que, juntos, identificam as condições clínica e física dos pacientes, além de auxiliar na detecção precoce de certas patologias. Homens e mulheres com idade superior a 30 anos são aconselhados a fazer pelo menos uma vez ao ano esse tipo de check-up”, diz o cardiologista.
Segundo o especialista, as mulheres são as mais preocupadas com a questão preventiva, mas os homens estão se conscientizando cada vez mais sobre a importância dos exames preventivos. “Outro fato curioso é que o número de check-ups aumenta cerca de 30% nos meses de janeiro e fevereiro, provenientes das “promessas” de final de ano em que as pessoas projetam novas atitudes, planos e inserem hábitos mais saudáveis em suas rotinas”, esclarece o Dr. Jardim.
Cuidando do coração
No que diz respeito às doenças cardiovasculares, além da identificação e controle dos fatores de risco, o HCor conta com o ecocardiograma tridimensional e angiotomografia de artérias coronárias, no qual pode identificar a concentração de cálcio nesses vasos e a presença de placas de aterosclerose, além de ressonância magnética e tomografia computadorizada do coração. “Também são feitas orientações nutricionais para reeducação alimentar e para atividade física, pois é evidente que cada um de nós tem sua parcela de responsabilidade, já que algumas medidas preventivas estão relacionadas diretamente aos nossos hábitos de vida”, alerta o cardiologista.
A importância da medicina preventiva
A medicina preventiva tem merecido cada vez mais espaço, visto que nos últimos anos os exames têm se tornado menos invasivos e muito mais precisos. Uma das áreas que teve maior ganho foi a oncologia com o equipamento PET/CT (Positron Emission Tomograph), que pode detectar focos pequenos de células cancerígenas. Além disso, com a popularização da mamografia de alta definição, que faz o diagnóstico de tumores de até meio milímetro, conseguiu-se reduzir em 30% o número de casos fatais.
Com o mesmo princípio, de forma simples, a urologia, por meio da dosagem de PSA (Antígeno Prostático Específico) no sangue e toque retal consegue detectar câncer de próstata de forma precoce e cura em torno de 90% dos casos.
Segundo o cardiologista do HCor, entre as doenças cardiovasculares, a principal é a aterosclerose, que provoca deposição de gordura e entupimento de artérias do corpo humano, causando o infarto do miocárdio e o AVC (derrame), além da insuficiência renal e a doença vascular periférica, entre outras. Para o aparecimento da doença é necessária a presença de fatores de risco, como tabagismo, obesidade, hipertensão arterial, colesterol elevado e diabetes. “Se controlarmos os fatores de risco, e a isto aliarmos uma vida saudável, com alimentação regrada (não significa sem sabor) e exercícios físicos adequados, reduziremos em 90% o risco do aparecimento do infarto”, finaliza o cardiologista Dr. Jardim.