Dia Nacional de Combate ao Câncer (27/11)
Oncologista do HCor salienta que o tratamento do câncer hoje é multidisciplinar e envolve diversas áreas como hematologia, radioterapia, patologistas, especialistas em fertilidade e aconselhamento genético, além de psicólogas, nutricionistas e fisioterapeutas. A quimioterapia tradicional aliou-se à terapia alvo-molecular. Mais eficiente, tem efeito apenas sobre as células tumorais, causando menos efeitos colaterais
No dia 27 de novembro será celebrado o Dia Nacional de Combate ao Câncer. Com base nas recentes notícias que abordam os avanços tecnológicos e os novos tipos de tratamento, a população e a comunidade científica têm motivos para comemorar. De forma geral, entre 60% e 68% dos tipos de câncer já têm cura. Alguns tipos chegam a 100%. O grande desafio atualmente é, além de aumentar mais ainda a porcentagem de cura, evitar que o paciente tenha sua qualidade de vida comprometida pelas reações aos medicamentos do tratamento, preparando sua recuperação para os próximos anos de vida.
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o câncer é a segunda doença que mais mata no mundo, com cerca de 9,6 milhões de óbitos por ano e, nos próximos 25 anos, passará a ser a primeira. O último relatório da OMS sobre projeção de tumores mostra o surgimento de 12,4 milhões de novos casos por ano. No Brasil, segundo informações do INCA (Instituto Nacional do Câncer), esse número é de mais de 600 mil.
“Os diagnósticos cada vez mais precoces e o envelhecimento da população aumentam consideravelmente os valores de incidência nas estatísticas. Mas, de acordo com recentes levantamentos americanos, houve uma queda geral na mortalidade por câncer, justamente por conta desses diagnósticos que possibilitam tratamentos cada vez mais eficazes e em tempo hábil”, explica Dr. Auro Del Giglio, oncologista do HCor.
O tratamento do câncer hoje é multidisciplinar e envolve diversas áreas como hematologia, radioterapia, patologistas, especialistas em fertilidade e aconselhamento genético, além de psicólogas, nutricionistas e fisioterapeutas. A quimioterapia tradicional aliou-se à terapia alvo-molecular. Mais eficiente, tem efeito apenas sobre as células tumorais, causando menos efeitos colaterais. Já os novos aparelhos de radioterapia permitem direcionar o feixe radioativo apenas aos tumores, muitas vezes menores que 1cm, desenhando o campo tumoral a ser irradiado. Assim, as células dos tecidos normais vizinhos ao tumor são poupadas dos efeitos da radiação.
“Hoje pensamos na reintegração social do paciente pelo resto de sua vida, pois a maior parte dos pacientes ficará curado. Nesse contexto que surgiram as equipes multidisciplinares, que podem oferecer o tratamento do câncer, além de se preocuparem com a reabilitação, reintegração e futuro dos pacientes”, acrescenta Dr. Del Giglio.
Prevenção
Parar de fumar, evitar o sedentarismo e modificar hábitos alimentares podem reduzir em um terço as mortes por câncer. Outro fator importante é evitar a exposição direta da pele ao sol, utilizando sempre protetor solar. Além desses cuidados, realizar periodicamente os exames que podem detectar a presença de qualquer alteração nos órgãos de maior incidência ao câncer. Em pacientes com forte história familiar e risco aumentado, exames genéticos hoje existentes, podem identificar alterações e ajudar no planejamento terapêutico precoce.
“Para a mulher é essencial fazer mamografia uma vez por ano, a partir dos 40 anos de idade. Somente esta medida reduz a mortalidade por câncer de mama em 30%. Outros exames como papanicolau e colonoscopia são importantes para evitar casos de câncer de colo de útero e cólon, respectivamente. No homem é indicada a colonoscopia, além do toque da próstata e o exame de PSA, a partir dos 50 anos, para prevenção de câncer de cólon e próstata”, finaliza Dr. Giglio.