“Conheça os tipos de tumores ginecológicos mais comuns”
A saúde da mulher envolve diversas esferas diferentes. Os tumores ginecológicos surgem nos órgãos femininos internos ou externos, e podem impactar de forma significativa a qualidade de vida.
Dentre os cânceres que acometem a mulher brasileira, o mais frequente é o de pele, seguido pelo câncer de mama, o de intestino grosso ou cólon e reto e, em terceiro lugar, o câncer de colo uterino. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), cerca de 17 mil brasileiras detectarão um câncer de colo do útero em 2023.
A doença é causada pelo vírus do HPV (Papiloma Virus Humano) e é, portanto, uma condição que pode ser eliminada por meio da prevenção. A vacina anti-HPV faz parte do calendário vacinal de meninas e meninos, de 9 a 14 anos, em toda rede nacional. Após os 25 anos e/ou ao iniciar a vida sexual, as mulheres devem coletar o exame preventivo do câncer de colo do útero, chamado Papanicolau. A partir de 2023, o Ministério da Saúde irá oferecer também o teste de detecção do HPV na rede de saúde pública.
Adicionalmente, outras 15 mil mulheres apresentarão o diagnóstico de câncer no corpo do útero ou nos ovários. Esse câncer costuma acometer mulheres ao redor ou após a menopausa, e frequentemente é diagnosticado em estágio inicial, por manifestar sangramento anormal. Por outro lado, os tumores do ovário costumam ser de evolução mais rápida e silenciosa, podendo ser suspeitados apenas quando estão em estágios mais avançados.
Quanto mais precoce o diagnóstico, maiores as chances de cura, e menores as consequências geradas pelo tratamento. Na área dos tumores ginecológicos, a medicina apresentou grande avanço nas duas últimas décadas.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, há evidências de que a vacina anti-HPV pode eliminar o câncer do colo do útero se a cobertura de duas doses for efetivada em 90% das crianças na faixa etária adequada. Além disso, os exames preventivos tornaram-se mais eficientes. A pesquisa da persistência do HPV no colo do útero tornou-se uma ferramenta importante, mesmo para mulheres vacinadas, para que a detecção e o tratamento das alterações precursoras do câncer sejam mais eficientes e decisivos na eliminação deste câncer no Brasil e no mundo.
O câncer do corpo do útero mais frequente acontece no endométrio, na parte mais interna do órgão. É muito relacionado aos hábitos modernos de vida, como dieta rica em colesterol, obesidade, sedentarismo, menor número de filhos e menor tempo de amamentação. Diversos avanços estão em desenvolvimento em termos de classificação desses tumores e consequente personalização de cirurgias e medicamentos. Desta forma, cada mulher pode receber um plano de tratamento mais direcionado para seu tipo de tumor e suas condições físicas e genéticas.
No câncer de ovário, foram descobertos genes que predispõem a esse tumor, que pode ser muito agressivo. Esse fato favoreceu todo um avanço em termos de cirurgias para reduzir risco até técnicas avançadas de cirurgia e o desenvolvimento de medicações altamente eficazes. A Sociedade Européia de Câncer Ginecológico (ESGO) e os protocolos nacionais norte-americanos (NCCN) sugerem que apenas centros de referência, com elevado volume de casos e especialistas treinados, devem tratar mulheres com este diagnóstico, pois há impacto direto nas taxas de sobrevida e na qualidade de vida.
No Hcor podemos oferecer todos os cuidados de A a Z para as mulheres. Desde a prevenção até os cuidados de acompanhamento, mulheres com suspeita, tendência ou mesmo diagnóstico de câncer de ovário, do colo do útero e do corpo do útero são avaliadas por especialistas e equipe multidisciplinar dedicada. Temos a satisfação de oferecer os melhores protocolos, comparáveis aos centros internacionais de ponta. Este grupo vem desenvolvendo pesquisas importantes, além de ser referência no ensino sobre os avanços na área dos tumores ginecológicos.
Audrey T Tsunoda, PhD
Médica, Cirurgiã Oncológica, Líder do Grupo de Ginecologia Oncológica do Hcor
Coordenadora médica do programa de cirurgia robótica do Hcor