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Alimentação balanceada pode ajudar contra as crises   de enxaqueca

Alimentação balanceada pode ajudar contra as crises de enxaqueca

Gerente de Nutrição do HCor sugere evitar alimentos gordurosos, cafeinados e alcoólicos para a diminuição das crises e aponta os tipos que devem ser consumidos

Quem sofre com as crises de enxaqueca sabe o quanto isso é incômodo. Embora seja uma doença genética, crônica e afete 30 milhões de brasileiros há uma boa notícia: os sintomas podem ser amenizados com uma boa alimentação. Incluir na dieta alimentos como a castanha-do-pará, atum, canela, grão de bico, granola, pães, entre outros podem ajudar a diminuir as crises de enxaqueca.

Para a Gerente de Nutrição do HCor, Hospital do Coração, em São Paulo, Rosana Perim alguns alimentos que contém selênio (encontrados na castanhas) podem ajudar a diminuir o estresse. O tripofano (contidos em alimentos como a banana) libera seratonina e traz a sensação de bem-estar. Já os anti-histamínicos (presentes na canela e gengibre) inibem a produção de prostaglandina, responsável pela sensação de dor.

“Já no período menstrual, os alimentos ricos em magnésio (encontrado na castanha-do-pará) e em ômega 3 (presentes no salmão) representam um importante papel nesta fase e ajudam no controle das crises, podendo ser consumidos tranquilamente durante este período”, explica a Gerente de Nutrição.

Em contrapartida, é importante também evitar alguns alimentos gordurosos (que liberam a prostaglandina, hormônio responsável pela sensação de dor), cafeinados (substâncias que alteram a circulação sanguínea) e bebidas alcoólicas (provocam vasoconstrição dos vasos sanguíneos).

Segundo as diretrizes da Sociedade Brasileira de Cefaléia (SBCe), a restrição dietética é específica e individualizada indicada apenas para indivíduos com histórico comprovado da associação com esses alimentos desencadeantes. “A inclusão ou exclusão de certos alimentos deverá ser de acordo com a sensibilidade de cada indivíduo. Porém a relação entre dieta e enxaqueca precisa de maiores investigações”, explica Perim, do HCor.

As pessoas com diagnóstico de enxaqueca devem tratar os sintomas de forma correta. “Seguir sempre orientação médica e tomar as precauções com relação aos fatores de risco, adotando estilo de vida saudável como atividade física regular, alimentação balanceada e principalmente controlando o peso, pressão arterial e o estresse, finaliza Rosana do HCor.

Alimentos que auxiliam no controle da crise de enxaqueca:

  • Semente de linhaça, atum, sardinha, salmão ou cavala, pois são ricos em ômega 3;
  • Castanhas, amêndoas e amendoim: ricos em selênio, que diminui o estresse;
  • O triptofano ajuda a liberar serotonina, que proporciona sensação de bem-estar. Alimentos como a banana, erva-cidreira, maracujá, pão, arroz, feijão e granola contêm essa substância;
  • Os anti-histamínicos inibem a produção de prostaglandina, responsável pela sensação de dor. São encontrados no orégano, cravo, canela e gengibre;
  • Alguns estudos demonstram que a deficiência de magnésio pode representar um importante papel no desenvolvimento da enxaqueca no período menstrual. Encontrado em amêndoas, avelã, castanha-do-pará, amendoim, alcachofra e espinafre.
  • O consumo de alimentos ricos em vitaminas do complexo B, como feijão, lentilha e grão de bico, também ajuda a prevenir a enxaqueca.

Alimentos que podem desencadear as crises de enxaqueca:

  • Adoçantes artificiais e produtos diet e light (aspartame e sucralose);
  • Carnes curadas, defumadas, embutidos, salsicha e linguiça, contêm nitratos e nitritos, substâncias que aumentam a dilatação dos vasos sanguíneos;
  • Refrigerantes a base de cola, guaraná, café e o chá mate devem ser evitados, pois possui cafeína, substância estimulante que pode alterar a circulação sanguínea;
  • Bebidas alcoólicas como: vinho tinto, espumantes e destilados em geral possuem fenóis, aldeídos e sulfetos. Essas substâncias podem provocar vasoconstrição dos vasos sanguíneos;
  • Chocolates, queijos duros e frutas cítricas contêm tiramina, substância que libera a prostaglandina, hormônio responsável pela sensação de dor;
  • Aditivos alimentares, como o glutamato de monossódico presente em temperos e alimentos industrializados e embutidos.