Quando uma cirurgia requer um aumento de campo visual da região que será operada, por meio de aparelhos, como lupas e microscópios cirúrgicos, estamos falando de uma microcirurgia. A técnica é uma grande aliada da reconstrução já que permite, com sucesso, a restauração de partes mínimas do corpo humano, como vasos e nervos.
Por meio dessa técnica, um cirurgião especializado é capaz de reconstruir quase à perfeição partes do corpo que foram danificadas, seja por acidentes, retirada de tumores ou defeitos congênitos.
“Mão, antebraço, perna, pessoas que perderam um pedaço de nervo, pele, osso, todos esses são candidatos a uma possível microcirurgia reconstrutiva”, conta o ortopedista e cirurgião das mãos do HCor, Dr. Marcelo Rosa de Rezende que completa: “Imagina que a pessoa perdeu um dedo da mão e precisa fazer a reconstrução de vasos, veia e artéria. Só na visão a olho nu é impossível. Existem veias e artérias minúsculas que a olho nu não tem como dar ponto. Para realizarmos a costura desses pequenos vasos e nervos, é necessária a utilização de fio muito fino, de espessura menor que a de um fio de cabelo”.
Para saber mais, assista à playlist HCor Explica sobre Microcirurgia de reconstrução abaixo:
Ainda segundo o especialista, outra utilidade da técnica microcirúrgica é em casos em que o paciente perdeu um pedaço da pele expondo assim o osso, eventualmente fraturado. “Nesses casos é necessário conseguir uma pele de outra região do corpo e levá-la para cobrir a área de defeito. Para tal, é necessário levar também os vasos desse tecido, e realizar a costura dessas estruturas, pois assim garantimos a sobrevivência da pele junto à área do defeito. Enfim, o leque de atuação é enorme”.
Evolução
Embora a microcirurgia tenha um papel fundamental na cirurgia reconstrutiva dos membros, existem poucos centros no Brasil que dispõem de profissionais com expertise para fazer esse tipo de procedimento. O HCor, por dispor desse tipo de profissionais, oferece um serviço de excelência nessa área, que permite acesso aos seus pacientes ao que há de mais moderno na cirurgia reconstrutiva dos membros.
O motivo para o pequeno número de microcirurgiões é a longa curva de aprendizado, afinal a formação desses profissionais demanda vários anos e muita experiência cirúrgica para poder atingir os níveis de sucesso cirúrgico dentro da microcirurgia
diz o médico.
Embora o controle mental e a habilidade física sejam pré-requisitos básicos para qualquer cirurgião, o grau de exigência para a realização de microcirurgia é ainda maior. Afinal, a cirurgia é realizada em outra dimensão de magnificação o que exige uma coordenação entre a visão no microscópio e o uso das mãos para realizar as costuras com instrumental e fios de dimensões reduzidas. Para tal, é necessário muita paciência o que torna esse procedimento mais demorado.
“Além disso, na microcirurgia de reconstrução, a equipe médica opera com microscópios de alta resolução, que tem poder de magnificação enorme, como uma imagem 20 vezes aumentada; então, são equipamentos muito sofisticados, o que faz com que a técnica não seja tão popular. Mesmo tendo começado na década de 70, ela ainda avança de forma lenta”, conta o ortopedista que diz que o HCor tem toda a infraestrutura para esse tipo de cirurgia.
Podem ser usados dois tipos de equipamentos para ampliar a visão:
Lupa cirúrgica
Microscópio cirúrgico
Visão Ampliada
“No HCor, dispomos de uma equipe de microcirurgiões que estão aptos para realizar reparos de nervos, perdas de pele e osso, tratamento de áreas infectadas com falha de cobertura de pele ou osso. Como a microcirurgia envolve pacientes críticos, isso demanda todo um suporte hospitalar, com apoio de equipes médicas de outras especialidades para o tratamento de qualquer intercorrência. Além disso, o HCor dá tranquilidade para o microcirurgião, pois conta com microscópios de última geração, UTIs e suporte clínico de toda a equipe”, finaliza.
Vale lembrar que até 2020 o trauma, principalmente por acidentes e violência, se transformará na principal causa de morte em todo o mundo. Assim, a microcirurgia reconstrutiva será cada vez mais necessária para o tratamento de lesões complexas decorrentes de traumas de alta energia, oferecendo aos pacientes a perspectiva de sobrevida com o máximo de recuperação funcional de seus membros.
A pesquisa concluiu que o procedimento microcirúrgico é confiável e com pouca sequela.
Quando o assunto é microcirurgia em reconstruções complexas, um estudo da Revista Brasileira de Cirurgia Plástica apontou que, de 2003 a 2007:
60% das reconstruções nervosas obtiveram
recuperação total.
40% de recuperação
parcial.
O tempo cirúrgico total dos procedimentos
variou de 3 a 15 horas (média de 8,4 horas)
Exemplo de Microcirurgia Reconstrutiva
Neste caso, estamos usando o exemplo de uma queimadura que danificou a pele do dorso do pé.
É feito um planejamento de retalho perfurante anterolateral da coxa, riscado com caneta.
*É feito o corte retirando o retalho de pele a ser usado da coxa.
*O retalho é implantado no lugar da pele danificada.
*É necessário reconstruir vasos, veias e artérias; por isso, o uso de lentes que ampliam a visão.
Saiba mais sobre a Microcirurgia de reconstrução
Para obter mais informações sobre a Microcirurgia de reconstrução, nós preparamos um material exclusivo para você.
Baixe o infográficoCompartilhe com seus amigos