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Medicina nuclear: diagnósticos mais precisos otimizam tratamento

Embora cause certo receio, por utilizar substâncias radioativas (radiofármacos) como ferramenta para visualizar o funcionamento dos órgãos e tecidos vivos, trata-se de uma modalidade extremamente segura.

Isso porque as quantidades de radiação utilizadas, principalmente  para diagnósticos , são muito pequenas e rapidamente eliminadas pelo corpo. “Esses compostos são introduzidos no corpo humano por diferentes vias, sendo a mais comum a via endovenosa. É muito importante realçar que o emprego desses compostos radioativos não interage ou altera o funcionamento dos diferentes órgãos e sistemas do corpo humano, ou seja, raramente provoca algum tipo de efeito colateral nos pacientes”, reforça Dr. Carlos Alberto Buchpiguel, superintendente médico do HCor e diretor do Centro de Medicina Nuclear do Departamento de Radiologia da FMUSP.

Incidência do câncer na bexiga

Muito utilizada para a abordagem da doença arterial coronária, das neoplasias, das demências, da epilepsia e das doenças endócrinas,a medicina nuclear é usada também em várias outras especialidades clínicas. “Entre os principais benefícios estão os diagnósticos mais precisos e, consequentemente, melhores desfechos clínicos para os pacientes.”, garante o Buchpiguel.

Ainda segundo ele, o que há de mais moderno na área é o desenvolvimento de sistemas híbridos de detecção, que permitem integrar informações moleculares e anatômicas em um único exame, utilizando novos compostos que detectam diferentes doenças sob o aspecto molecular. “Isso possibilita o surgimento de novas alternativas de tratamento”, conclui.

Como funciona?

Incidência do câncer na bexiga

PET/CT no HCor

Para integrar informações moleculares e anatômicas, é utilizado o exame de PET/CT, uma revolucionária técnica de diagnóstico por imagem, disponível no HCor, que além de mostrar imagens da anatomia do corpo humano, detecta também alterações metabólicas.

Os resultados obtidos demonstram alterações moleculares que costumam acontecer antes que modificações anatômicas sejam detectadas pelos métodos de imagem disponíveis atualmente. Além disso, essa tecnologia permite identificar ao mesmo tempo qual estrutura está comprometida, e se existe alguma anormalidade estrutural deste órgão.

“Em qualquer parte do corpo que existir um tumor em crescimento, o exame mostrará um sinal colorido que irá refletir a atividade tumoral. Por meio da união das imagens da PET com a da CT conseguimos identificar qual órgão ou tecido está invadido pelo câncer”, esclarece o superintendente médico do HCor.

A combinação da PET (Tomografia por Emissão de Pósitrons) e da CT (Tomografia Computadorizada), em apenas um tipo de exame, permite diagnosticar com maior precisão quando comparado com a eficácia de cada estudo realizado de forma independente ou separada.

Além da sua aplicação em oncologia, o exame PET/CT pode auxiliar no diagnóstico precoce da demência de Alzheimer. Pode-se detectar alterações metabólicas que sugerem esse diagnóstico, de forma precoce, no cérebro de pacientes, antes que anormalidades possam ser visíveis em exames de tomografia ou mesmo de ressonância magnética.

 

Vale saber:

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