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Hcor Explica / Oncologia

Radioterapia: tratamento não invasivo é aliado na luta contra o câncer

Considerada como uma parte importante da oncologia, a radioterapia é indicada em cerca de 60% a 70% em etapas evolutivas e atua através da destruição do DNA das células dos tumores além de apresentar menos efeitos colaterais.

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Capaz de destruir células tumorais por meio de feixes de radiações ionizantes, a radioterapia tem como uma de suas maiores vantagens o fato de não ser um tratamento invasivo. Trata-se de um procedimento ambulatorial: o paciente vai, recebe a radioterapia e vai embora.

De acordo com o Dr. João Victor Salvajoli, radio-oncologista do HCor, esta é uma especialidade muito importante na oncologia e cerca de 60% a 70% dos pacientes recebem radioterapia em suas etapas evolutivas. “Diferentemente da quimioterapia que envolve uso de drogas aplicadas via oral ou endovenosa, a radio utiliza o emprego de radiação ionizante para atuar diretamente sob o tumor”, explica.

No entanto, ele conta que esse tratamento é frequentemente usado em parceria com cirurgia e quimioterapia. “A radioterapia pode ser empregada de forma isolada, como única alternativa de tratamento para alguns tumores, como os de pele, próstata, alguns na região da cabeça e do pescoço, como laringe, mas, na maioria das vezes, em associação com a cirurgia e/ou terapia sistêmica”.

Para saber mais, assista à playlist HCor Explica sobre Radioterapia abaixo:


Radioterapia - como funciona o tratamento

A RADIOTERAPIA destrói o
DNA das células tumorais ao
bombardeá-las com radiação.


Tipos de radioterapia

O especialista conta que, para que a radioterapia seja indicada, existe todo um processo anterior, que consiste em uma consulta em que o médico avalia o tipo de tumor e qual a melhor alternativa de radioterapia. Em seguida, o paciente entra no processo de planejamento com uso de imagens, tomografia, ressonância e também PET e aí é determinada a área que vai ser tratada e quais as estruturas normais ao redor que precisam ser protegidas.

Depois entra a equipe de física que, obedecendo protocolos, planeja a melhor maneira de tratar a região e aí sim iniciam as seções, que duram em torno de 15 a 20 minutos por dia. O tratamento é rápido e em poucos minutos; o que demora é a conferência do planejamento, se tudo está sendo produzido de acordo com a necessidade do paciente.

explica.

O tratamento, que pode ser aplicado pré ou pós-cirurgia, com o objetivo de auxiliar no controle local – diminuindo a chance de recidiva e aumentando chance de cura –, pode ser de diferentes tipos.

Segundo o Dr. Salvajoli, a radioterapia com fontes externas tem várias modalidades com diferentes alternativas técnicas: tridimensional (RT3D), intensidade modulada (IMRT), radioterapia guiada por imagens (IGRT), estereotáxica fracionada ou radiocirurgia. Já para a interna, onde fontes radioativas são colocadas em contato ou no interior do tumor, também chamada de braquiterapia.

RADIOTERAPIA EXTERNA

Radioterapia 3D

TRIDIMENSIONAL

A radioterapia 3D (3D-RT) utiliza imagens adquiridas por tomografia computadorizada, ressonância magnética ou tomografia por emissão de pósitrons para criar uma imagem tridimensional do tumor, possibilitando que os feixes de radiação possam ser conformados exatamente para o contorno determinado da área alvo de tratamento, com as margens de segurança determinadas.

Radioterapia IMRT

IMRT

A radioterapia de intensidade modulada (IMRT) permite a administração de altas doses de radiação no volume alvo, minimizando as doses nos tecidos normais adjacentes de forma muito eficaz.

Radiocirurgia estereotáxica

RADIOCIRURGIA ESTEREOTÁXICA

É uma técnica de tratamento que envolve a administração de altas doses de radiação em uma única fração de tratamento ou em poucas frações, em geral, menos de cinco. É chamada de radiocirurgia estereotáxica quando se refere ao tratamento de tumores localizados no cérebro ou na coluna vertebral, e de radiocirurgia estereotáxica do corpo quando utilizada em alvos como, por exemplo, pulmão, fígado, pâncreas e rim.

 

RADIOTERAPIA INTERNA

Radioterapia interna braquiterapia

BRAQUITERAPIA

A radioterapia interna ou braquiterapia utiliza fontes de radiação interna (a curta distância). Na braquiterapia, o material radioativo é colocado, por meio de instrumentos específicos, próximo à lesão tumoral. Pode envolver um implante radioativo, uma solução líquida ou injeção intravenosa. Dependendo do tipo de tratamento a ser utilizado, o paciente pode precisar ser hospitalizado por um curto período de tempo.

 


ACELERADOR LINEAR

Acelerador linear

O acelerador linear ou LINAC emite raios X direcionados à região do tumor do paciente.
O feixe de radiação é moldado a partir do sistema de multilâminas, sendo possível diminuir a radiação direcionada aos órgãos saudáveis e aumentá-la no tecido doente.


Efeitos colaterais

Quando o assunto é tratamentos para o câncer, os efeitos colaterais costumam preocupar e até desestimular o paciente.

Mas, atualmente, essa nem precisa ser uma grande preocupação. “Os efeitos colaterais diminuíram muito com o advento da radioterapia moderna. É até difícil falar de efeito colateral de forma geral, porque ele muda muito de acordo com local e a intensidade. O que posso destacar é que os efeitos colaterais ficaram mais amenos com a modernidade de recursos técnicos e sistemas existentes hoje”, esclarece o radio-oncologista.

Por fim, ele conta que o tratamento dura, em média, 5 semanas. “Mas é válido destacar que, hoje em dia, existe o emprego de radioterapia hipofracionada, radioterapia com dose diária um pouco mais intensa e um menor número total de frações, mas em média o tratamento é de 4 a 5 semanas”.


Incidência de tratamento de radioterapia
Quantidade de aceleradores lineares no Brasil

Radioterapia no HCor

A radioterapia é liberada por meio dos aceleradores lineares, que podem ter diferentes recursos técnicos. O HCor possui acelerador de última geração que permite a execução das técnicas mais sofisticadas, como radiocirurgia, IMRT, IGRT, terapia com elétrons e outras. Além disso, o hospital possui o Gamma Knife (GK) aparelho dedicado à realização da radiocirurgia para lesões intracranianas como para tumores malignos incluindo as metástases cerebrais e gliomas, tumores benignos como neurinomas do acústico, meningiomas, tumores hipofisários dentre outros; lesões vasculares como as malformações arteriovenosas (MAVs), algumas lesões funcionais como a neuralgia do trigêmeo, proporcionando aos pacientes as melhores e mais diferentes alternativas dentro da radioterapia moderna.

Tempo de duração de uma sessão de radioterapia


Radioterapia - Infográfico

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