Para grande parte das pessoas, talvez não seja surpresa que o papilomavírus humano (também conhecido como HPV) seja o causador do câncer de colo de útero, um dos mais comuns entre as mulheres.
Para saber mais, assista à playlist HCor Explica sobre Câncer e HPV abaixo:
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), 75% dos casos de câncer de pênis apresentam o vírus HPV. “Aparentemente não se pode dizer que mulheres são infectadas com mais frequência que os homens. O que se tem é mais estudos de prevalência em mulheres”, explica o médico.
Entram ainda na lista de cânceres causados pelo HPV os tumores de língua, céu da boca, faringe, laringe e amígdala, genericamente chamados de tumores de cabeça e pescoço.
Diagnóstico e tratamento
Nem todos os tipos de HPV evoluem para câncer. Dos 150 tipos diferentes, apenas 13 são oncológicos, sendo que os tipos 16 e 18 são os mais comuns.
Dados do Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer revelam que dos tumores associados ao vírus, cerca de 70% dos de colo de útero e 80% dos de amígdala foram causados pelos tipos 16 e 18.
Para saber se o HPV está presente, é preciso realizar exames laboratoriais ou de imagem. Já para determinar se ele tem potencial cancerígeno, é preciso uma biópsia do tecido infectado.
Como em toda a doença, quanto antes o diagnóstico for feito, maiores serão as chances de reduzir os impactos dela. No caso do HPV, descobri-lo antes que vire um tumor é o ideal, mas isso muitas vezes não acontece. “O diagnóstico muitas vezes acontece de forma tardia, principalmente em mulheres, onde as lesões são muitas vezes localizadas em regiões mais internas como o colo do útero. A realização pouco frequente de exames de prevenção ginecológica também contribui para esse diagnóstico tardio, o que aumenta a incidência de câncer na população”, pontua o infectologista.
Ainda segundo o Dr. Furtado, se a biópsia for positiva o tratamento é feito com uso de procedimentos cirúrgicos, terapia com laser e medicamentos tópicos. “Vai depender do tipo e localização da lesão.”
Vale ressaltar que nenhum tratamento é capaz de eliminar o vírus. A equipe médica trabalha com o objetivo de controlar os sintomas e eliminar as lesões na pele, prevenindo assim o desenvolvimento de um câncer e o contágio de outras pessoas.
O melhor é prevenir
Embora trate-se de uma DST (Doença Sexualmente Transmissível), a contaminação não acontece apenas no ato sexual. É possível contrair o HPV por contato direto com a pele ou mucosa infectada, seja ele oral, genital, anal ou manual. Por isso, a prevenção é feita por meio do uso de preservativos e também pela vacinação. O vírus pode ainda passar de mãe para filho.
Atualmente a vacinação é voltada para meninos e meninas com idades entre 9 e 15 anos. Ela deve ser feita em duas doses, sendo aplicada com intervalo de seis meses entre elas.
A vacina é a melhor forma de prevenção contra o HPV. Muitos questionam por que ela é dada em adolescentes, mas isso acontece porque a resposta à vacina é melhor nessa faixa etária”, esclarece o infectologista.
Entenda mais Sobre os sinais do HPV
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