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Não precisa nem ser verão para que muitas cidades brasileiras registrem 30 graus em seus termômetros ao longo do dia. E os dias quentes exigem uma atenção maior com a nossa saúde: os cuidados com a pele.
“O sol é o responsável por causar a maioria dos casos de câncer de pele, em razão das suas radiações ultravioletas A e B”, conta o Dr. José Antônio Sanches, dermatologista do HCor.
O câncer de pele é o mais popular entre os brasileiros. Ele responde por 33% de todos os diagnósticos dessa doença no Brasil, sendo que o Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra, a cada ano, cerca de 180 mil novos casos. A boa notícia é que, embora o câncer de pele seja o mais comum, é também um dos mais fáceis de ser evitado.
“Uma vez que conhecemos sua principal causa, prevenir fica mais fácil. Medidas como não se expor ao sol indevidamente, principalmente nos horários entre 10h e 16h, usar acessórios protetores, como guarda-sóis, sombrinhas, chapéus e roupas adequadas, além do uso do protetor solar, são atitudes absolutamente possíveis e eficientes na prevenção do câncer da pele”, explica o dermatologista.
No entanto, ele alerta que não é suficiente adotar essas medidas apenas nos dias de sol aberto. Ou seja, os dias nublados exigem os mesmos cuidados, uma vez que há passagem de radiação UV através das nuvens.
Para saber mais, assista à playlist HCor Explica sobre Câncer de Pele abaixo:
Entenda o câncer de pele
De acordo com o dermatologista Dr. José Antônio Sanches, os três tipos de câncer de pele mais comuns, em ordem de frequência, são o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma, que é o mais grave.
Ainda segundo o dermatologista, a pele apresenta, a grosso modo, três camadas bem distintas: a epiderme, a derme e o tecido subcutâneo. Mas, cada uma dessas camadas tem subcamadas e muitos tipos celulares distintos.
Os três cânceres previamente citados acontecem na epiderme. Mas existem muitos outros subtipos de câncer de pele, muito menos comuns, que ocorrem em outras camadas da pele, são exemplos o carcinoma de células de Merckel, os sarcomas, os linfomas de pele, entre outros.
“Todos esses tipos de câncer de pele são curáveis, desde que diagnosticados e tratados precocemente. Por isso, além das medidas de prevenção, é preciso também ter a pele avaliada periodicamente, e sempre que houver alguma modificação em pintas prévias ou aparecimento de novas” explica o dermatologista do HCor.
Assim, manchas que surgem, pequenas lesões salientes que sangram ao mínimo trauma – como, por exemplo, ao se enxugar no banho –, pintas que se modificam em relação ao tamanho por crescimento irregular e assimétrico, pintas que passam a apresentar mudança em sua coloração e as que, anteriormente assintomáticas, passam a apresentar coceira, merecem atenção extra.
“Inclusive porque, quando o câncer de pele migra para os linfonodos (gânglios linfáticos) ou dissemina pela metástase, ele pode atingir outros órgãos. O mais temido em relação a essa ocorrência é o melanoma”, completa o médico.
Grupo de riscos do câncer de pele
São as áreas mais expostas a luz solar, como cabeça e pescoço, as que mais correm risco de desenvolver o câncer de pele. E, embora as pessoas com peles muito claras estejam mais suscetíveis, pessoas com pele morena e negra também podem ser vítimas da doença.
“Indivíduos de pele muito clara com cabelos e olhos claros, história de queimaduras solares na infância, com sardas, com história de exposição solar crônica, pessoas com muitas pintas são os mais acometidos pela doença, mas pessoas com a pele negra também são atingidas, principalmente nas palmas e plantas”, explana o dermatologista que completa: “Pessoas que tiveram câncer de pele previamente e que possuem familiares com história prévia de câncer de pele também são mais suscetíveis à doença e devem ficar mais atentas aos primeiros sinais”.
É o câncer mais frequente no Brasil .
O câncer de pele é mais comum em pessoas com mais de 40 anos, sendo relativamente raro em crianças
Estimativa de novos casos em 2018: 165.580, sendo 85.170 homens e 80.410 mulheres
Fonte: INCA
Conheça os principais tipos de câncer de pele
Carcinoma basocelular (CBC): O mais prevalente dentre todos os tipos, surge nas células basais, que se encontram na camada mais profunda da epiderme. Os CBCs surgem mais frequentemente em regiões expostas ao sol, como face, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas. Embora essa doença raramente se manifeste em crianças, pode ocasionalmente afetar os adolescentes.
Os dermatologistas registram um número cada vez maior de pessoas tratadas de câncer de pele na faixa dos vinte e trinta anos. E em todas as faixas etárias os homens apresentam um número maior de casos de CBC do que as mulheres.
Carcinoma espinocelular (CEC): segundo mais prevalente dentre todos os tipos de câncer. Manifesta-se nas células escamosas, que constituem a maior parte das camadas superiores da pele. Pode se desenvolver em todas as partes do corpo, embora seja mais comum nas áreas expostas ao sol, como orelhas, rosto, couro cabeludo, pescoço etc. A pele nessas regiões, normalmente, apresenta sinais de dano solar, como enrugamento, mudanças na pigmentação e perda de elasticidade. O CEC é duas vezes mais frequente em homens do que em mulheres. Ocorre com mais frequência em indivíduos de pela clara e olhos claros, com ancestrais provenientes do norte da Europa.
Melanoma: tipo menos frequente dentre todos os cânceres da pele, o melanoma tem o pior prognóstico e o mais alto índice de mortalidade.
O melanoma, em geral, tem a aparência de uma pinta ou de um sinal na pele, em tons acastanhados ou enegrecidos. Porém, a “pinta” ou o “sinal”, em geral, mudam de cor, de formato ou de tamanho, e podem causar sangramento. Embora o diagnóstico de melanoma normalmente traga medo e apreensão aos pacientes, as chances de cura são de mais de 90%, desde que diagnosticado precocemente. Essas lesões podem surgir em áreas difíceis de serem visualizadas pelo paciente, embora sejam mais comuns nas pernas, em mulheres; nos troncos, nos homens, e pescoço e rosto, em ambos os sexos.
Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)
Dica do especialista: O protetor solar adequado deve ter no mínimo FPS igual à 30. Vale, além desse FPS, escolher o que mais se adapta a sua necessidade: com cor, sem cor, mais seco para quem tem pele oleosa, etc
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