O alerta é do Dr. Alexandre Pompeo, urologista do HCor. “Nas fases iniciais, o tumor na bexiga é assintomático. Mas, quando aparece algum sintoma, o mais frequente é a hematúria, ou seja, a presença de sangue na urina visível a olho nu ou apontada em exames de laboratório, imotivada e indolor na maioria dos casos. Embora nem sempre seja sinal de problemas na bexiga, a perda de sangue na urina tem de ser sempre levada em consideração”.
Embora os casos de câncer de bexiga sejam mais comuns em homens brancos, com idade superior a 55 anos, outras pessoas também podem ser afetadas, uma vez que a principal causa do câncer de bexiga é o tabagismo.
“Parte das substâncias tóxicas contidas na fumaça não só do cigarro, mas também do cachimbo e do charuto, é eliminada pelos rins junto com a urina e agride as paredes que revestem o interior da bexiga”, explica o urologista do HCor.
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Ainda segundo o urologista, outra causa importante é a exposição a agentes químicos por exigência profissional, como ocorre com as pessoas que trabalham na indústria têxtil ou de tintas, ou com metal, borracha e couro.
São considerados ainda fatores de risco para o câncer de bexiga a hereditariedade, a radioterapia e a ciclofosfamida, uma droga utilizada em quimioterapia e no tratamento de doenças reumáticas e autoimunes, entre outras.
Diagnóstico e tratamento do câncer de bexiga
Com poucos sintomas, o diagnóstico do câncer de bexiga começa pela avaliação das condições clínicas do paciente, seguida pelo exame de urina tipo I e de citologia oncótica urinária. “Como a perda de sangue na urina pode ser atribuída a várias doenças, exames de imagem, como o ultrassom, a tomografia computadorizada e a ressonância magnética são úteis para estabelecer o diagnóstico diferencial”, diz o urologista.
O médico completa explicando que, no entanto, o exame mais conclusivo é a citoscopia, que permite enxergar a bexiga urinária por dentro com uma câmara introduzida pela uretra. “Ele possibilita também fazer biopsia do tumor ou até mesmo retirar as lesões completamente”.
Como grande parte das doenças, quanto antes for feito o diagnóstico, mais eficaz será o tratamento, que é determinado pelo grau de gravidade da doença.
Pompeo explica que o principal recurso terapêutico é a cirurgia, e que ela pode ser de três tipos:
1- Quando o tumor na bexiga é superficial e pode ser retirado por via endoscópica (ressecção transuretal endoscópica).
2- Quando a profundidade e localização do tumor exigem que seja retirada uma parte da bexiga (cistectomia parcial).
3- Quando é necessária a remoção completa da bexiga seguida da construção de um novo reservatório para a urina, utilizando um segmento das alças intestinais (cistectomia radical).
Depois da cirurgia, o paciente pode necessitar de quimioterapia para combater células cancerosas que por acaso tenham se soltado e possam dar origem a metástases. Já a radioterapia, associada ou não à quimioterapia, fica reservada para casos específicos da doença
detalha o urologista.
Tipos de câncer de bexiga
O câncer de bexiga é uma formação maligna que se instala nas células que recobrem as paredes internas do órgão, que é muscular, oco e elástico e tem por função armazenar a urina proveniente dos rins para depois eliminá-la pela uretra.
O tipo mais comum de tumor de bexiga é o carcinoma de células de transição. “Ele surge inicialmente nas células uroteliais que revestem a mucosa interna da bexiga, dos ureteres e da uretra, e pode ali ficar confinado. Sem tratamento, porém, pode invadir as paredes mucosas e muscular e espalhar as células malignas pela cadeia de linfonodos e pelo sangue”, conta Pompeo.
Outros tumores mais raros podem existir, mas na sua maioria são compostos por células uroteliais de transição.
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