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Hcor Explica / Neurologia

Crise de enxaqueca pode incapacitar; veja como prevenir

Neurologista do HCor explica como a enxaqueca acontece no sistema nervoso, suas causas e sintomas que podem durar até 72 horas e como amenizar as dores causadas pelas crises.

No início de 2018, a OMS (Organização Mundial de Saúde) incluiu a enxaqueca, doença neurológica, hereditária e crônica, no rol das enfermidades mais incapacitantes.

Não é para menos. Para quem sofre de enxaqueca, o impacto social, econômico e emocional é inevitável, uma vez que o paciente não presta atenção nas coisas, não trabalha ou estuda bem e tem certas áreas da memória afetadas durante uma crise.

“A enxaqueca se diferencia de uma dor de cabeça comum porque começa fraca e latejante, na metade da cabeça, e vai aumentando progressivamente”, explica o Dr. Mauro Atra, neurologista do HCor que completa: “associa-se a essa dor a aversão a luz, barulho e odores, bem como náuseas e vômitos”.

Infelizmente, a enxaqueca é uma doença crônica, ou seja, sem cura. A boa notícia é que tem como tratar a dor aguda e, principalmente, preveni-la.

Para saber mais, assista à playlist HCor Explica sobre Enxaqueca abaixo:


Sistema nervoso e a enxaqueca

Enxaquecas ocorrem em indivíduos cujo sistema
nervoso é mais sensível. Para essas pessoas,
as células nervosas no cérebro são facilmente
estimuladas, produzindo atividade elétrica.


Entenda a enxaqueca

A enxaqueca é o resultado de um desequilíbrio químico no cérebro que afeta neurotransmissores, a integridade de biomoléculas cerebrais e o fluxo hormonal neurológico.

Ela ocorre quando o 5º nervo craniano (trigêmeo) é estimulado, liberando substâncias que causam inflamação dolorosa dos vasos sanguíneos do cérebro, provocando cefaleia latejante, náuseas, vômitos e sensibilidade à luz e ao som.

O que é enxaqueca?

Sintomas de enxaqueca

Dor que ocorre só de um lado da cabeça, com intensidade moderada a intensa, normalmente pulsante, que dura entre quatro e 72 horas e costuma vir com outros sintomas, como náusea, vômito, tontura, sensibilidade à luz e ao barulho.

Quanto tempo dura uma enxaqueca?

 

Enxaqueca com aura

Conforme a atividade elétrica se espalha pelo cérebro, várias funções, como visão, sensação, equilíbrio, coordenação muscular e fala, são temporariamente perturbadas. Esses distúrbios causam os sintomas que ocorrem antes da cefaleia, chamados de
AURA

 

Como ocorre?

A cefaleia ocorre quando o 5º nervo craniano, o trigêmeo 1, é estimulado.
Esse nervo envia impulsos 2 (incluindo de dor) dos olhos, couro cabeludo, testa, pálpebras superiores, boca e mandíbula para o cérebro.

Quando estimulados, os nervos podem liberar algumas substâncias 3 que causam inflamação dolorosa nos vasos sanguíneos do cérebro 4 e das camadas de tecidos que cobrem o cérebro (meninges), provocando cefaleia, náuseas, vômitos e sensibilidade à luz e ao som.

Nervo trigêmeo
Impulsos causados pelo nervo trigêmeo
Nervo trigêmeo e enxaqueca

Causas da Enxaqueca

Enxaqueca hemiplégica

Enxaquecas ocorrem em pessoas cujo sistema nervoso é mais sensível no que de outras. Para essas pessoas, as células nervosas do cérebro são facilmente estimuladas, produzindo atividade elétrica. Conforme a atividade elétrica se espalha pelo cérebro, várias funções, como visão, sensação, equilíbrio, coordenação muscular e fala, são temporariamente perturbadas. Esses distúrbios causam os sintomas que ocorrem antes da cefaleia (chamados de aura). A cefaleia ocorre quando o 5º nervo craniano (trigêmeo) é estimulado. Este nervo envia impulsos (incluindo impulsos de dor) dos olhos, couro cabeludo, testa, pálpebras superiores, boca e mandíbula para o cérebro. Quando estimulados, os nervos podem liberar substâncias que causam inflamação dolorosa dos vasos sanguíneos do cérebro (os vasos sanguíneos cerebrais) e as camadas de tecidos que cobrem o cérebro (meninges). A inflamação provoca cefaleia latejante, náuseas, vômitos e sensibilidade à luz e ao som.

A enxaqueca hemiplégica familiar, um subtipo raro de enxaqueca, está associada a defeitos genéticos do cromossomo 1, 2 ou 19. O papel dos genes nas formas mais comuns da enxaqueca está em estudo.

Acredita-se que o estrogênio, o principal hormônio feminino, desencadeia a enxaqueca, o que explicaria o fato de ela ser mais frequente nas mulheres. Enxaquecas podem provavelmente ser desencadeadas quando os níveis de estrogênio aumentam ou flutuam. Durante a puberdade (quando os níveis de estrogênio aumentam), a enxaqueca é muito mais frequente entre as jovens mulheres do que entre os rapazes da mesma idade. Algumas mulheres têm enxaquecas antes, durante ou imediatamente após a menstruação. Enxaquecas ocorrem com menos frequência e tornam-se menos graves nos últimos trimestres da gravidez quando os níveis de estrogênio estão relativamente estáveis, e se agravam após o parto quando os níveis de estrogênio diminuem rapidamente. Com a aproximação da menopausa (quando os valores de estrogênio ficam instáveis), a enxaqueca é particularmente difícil de controlar.


Amenizando e evitando a dor

De acordo com o neurologista Mauro Atra, é possível amenizar o impacto de uma crise se ela for identificada no início e a medicação for administrada corretamente. “Quando a enxaqueca fica muito forte, os medicamentos ingeridos não são absorvidos, sejam eles analgésicos comuns ou específicos e, portanto, não são mais efetivos”, conta.

Nesses casos, ficar em um local escuro, com a cabeça mais elevada, fazendo compressas de água fria/gelada no local da dor, pode ser um paliativo.

Por isso, saber como prevenir uma crise é o mais importante para quem tem a doença.
De acordo com o médico, são gatilhos de crise:

* Alterações hormonais, como em determinados períodos do ciclo menstrual, durante a gravidez ou na menopausa;
* Mudanças no padrão de sono;
* Estresse ou ansiedade;
* Alterações drásticas no clima;
* Sons altos e agudos, luzes ou odores fortes;
* Uso de anticoncepcional oral ou remédios vasodilatadores, como a nitroglicerina.


Enxaqueca em crianças

Quando se trata de crianças, ocorre em 3% a 10%, afetando igualmente ambos os sexos antes da puberdade.

Enxaqueca na adolescência

Durante a puberdade (quando os níveis de estrogênio aumentam), a enxaqueca é muito mais frequente entre as jovens mulheres do que entre os rapazes da mesma idade.

Enxaqueca na menstruação

Algumas mulheres têm enxaquecas antes, durante ou imediatamente após a menstruação.

Enxaqueca na gravidez

Enxaquecas ocorrem com menos frequência nos últimos trimestres da gravidez, quando os níveis de estrogênio estão relativamente estáveis, e se agravam após o parto, quando os níveis de estrogênio diminuem rapidamente.

Menopausa e enxaqueca

Com a aproximação da menopausa (quando os níveis de estrogênio ficam instáveis), a enxaqueca é particularmente difícil de controlar.


Procure um médico

Não é porque a doença não tem cura que não é preciso procurar um médico.

Uma meta-análise publicada no The British Medical Journal, por exemplo, mostrou que as mulheres que sofrem de enxaqueca com aura – caracterizada por alguns sintomas neurológicos, principalmente alterações visuais, que surgem antes da dor – têm risco 73% maior de desenvolver doenças cardiovasculares, como infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquêmico.

O HCor Neuro possui um núcleo especializado em neurociência englobando neurologia, psiquiatria e neurocirurgia, que tem como objetivo proporcionar ao paciente uma vida saudável e produtiva.

Incidência da enxaqueca


Infográfico - Enxaqueca

Saiba mais sobre a Enxaqueca

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