Quando uma pessoa recebe o diagnóstico de AVC – Acidente Vascular Cerebral –, isso significa que ela está enfrentando um problema de circulação sanguínea no cérebro.
“Qualquer lesão no cérebro causada por um problema de circulação sanguínea, a gente chama de AVC. Uma obstrução no vaso que cause falta de circulação, é chamada de AVC isquêmico; no entanto, se houver um rompimento que cause sangramento, é um AVC hemorrágico. As duas formas lesam o cérebro”, explica o Dr. Eli Faria Evaristo, neurologista e coordenador do Protocolo de Atendimento ao AVC, do HCor.
Para saber mais, assista à playlist HCor Explica sobre AVC abaixo:
O AVC na prática
O estudo INTERSTROKE, capitaneado pela Universidade McMaster, no Canadá, e publicado no renomado periódico científico The Lancet, reuniu informações de 26 mil pessoas de 32 nações diferentes – incluindo o Brasil. De acordo com os dados, são 10 os principais fatores de risco que podem levar ao AVC: hipertensão, sedentarismo, colesterol alto, dieta ruim, obesidade, estresse,tabagismo , doenças cardíacas, alcoolismo e diabetes.
“Se a gente observar os fatores de risco do AVC, ou seja, que levam a alterações na circulação sanguínea no cérebro, podemos afirmar que o AVC pode ser evitado. Segundo o estudo INTERSTROKE, se todos esses fatores de risco fossem tratados e controlados, 90% dos casos do AVC seriam evitados”, conta o neurologista.
Identificando o AVC
Identificar os sintomas do AVC é fundamental para garantir menos sequelas. Estatísticas mostram uma em cada 4 pessoas se recupera totalmente se receber o tratamento trombolítico para desobstruir a artéria em até 1h30 após o início do AVC. Quando o tratamento ocorre em 3 horas de evolução da doença, apenas uma a cada 7 pessoas vai se recuperar totalmente; e se o tempo de atendimento aumentar para 4h30, apenas uma a cada 14 vai se recuperar completamente do AVC. “Com isso é possível perceber que as horas que a pessoa demora para receber o atendimento mudam as chances de ela se recuperar totalmente”, diz o neurologista do HCor.
O médico diz ainda que, em caso de suspeita de AVC, é importante que o paciente seja encaminhado para um hospital que tenha estrutura para o atendimento dessa enfermidade.
A estrutura mínima é ter um serviço de imagem do cérebro, tomografia ou ressonância, pois não dá para tratar de forma eficaz um AVC se não tiver uma imagem do cérebro. Se a pessoa vai a um hospital sem imagem, seguramente o hospital não consegue tratar e aí tem que ser transferida, e o tempo que se perde é muito importante. Complementa o neurologista.
Para identificar um AVC, o Dr. Eli Faria Evaristo diz que qualquer sintoma neurológico de início súbito já merece muita atenção. “Se a pessoa está normal e de repente muda, por exemplo, sofre uma alteração de movimento, paralisia, perde a força de um lado do corpo, perde sensibilidade, visão, ou sofre alteração da fala, vale procurar ajuda médica”, finaliza o neurologista do HCor.
O AVC é
mais comum entre
pessoas com mais
de 60 anos, mas
também afeta
crianças, incluindo
recém-nascidos.
Fique Atento!
90% dos AVCs estão ligados a fatores que podem ser modificados. São eles:
Hipertensão
Sedentarismo
Colesterol alto
Dieta ruim
Obesidade
Estresse
Tabagismo
Doenças cardíacas
Alcoolismo
Diabetes
Saiba mais sobre o AVC
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