Quando o coração se torna incapaz de bombear adequadamente o sangue para nutrir todo o organismo, é porque o paciente apresenta uma insuficiência cardíaca, e todo o organismo sofre com ela.
De acordo com o Dr. Felix Ramires, cardiologista e coordenador do Programa de Insuficiência Cardíaca do HCor, a insuficiência acaba sendo a via final de quase todas as cardiopatias: “com o passar do tempo, o coração que sofre com pressão alta, infarto e doenças inflamatórias, como a miocardite, vai perdendo a capacidade e passa a sofrer uma insuficiência”, explica.
Embora haja tratamento, o médico diz que uma das coisas mais importantes com relação a essa doença é a prevenção. Evitar que a insuficiência aconteça é o principal objetivo. “Meu conselho é que as pessoas cuidem de todas as situações que possam levar a uma insuficiência cardíaca. Então, deve-se fazer atividade física regularmente e cuidar da alimentação”.
Para saber mais, assista à playlist HCor Explica sobre Insuficiência cardíaca abaixo:
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
Ela ocorre quando o coração não consegue bombear sangue
(sistólica) ou encher-se de sangue (diastólica) adequadamente.
Sintomas
Uma vez que a doença esteja instalada, o especialista diz que o paciente sente cansaço, falta de ar e inchaço nas pernas, sinais importantes que não devem ser ignorados.
“É preciso prestar atenção aos sintomas citados. Se a pessoa identifica algum deles e já tem alguma doença cardíaca, deve procurar o médico, porque se for mesmo a doença, quanto antes iniciar o tratamento, mais eficaz ele será”. Quem morou em locais com doença de Chagas também deve estar sempre atento.
• Tosse seca ou associada ao muco claro.
• Dificuldade de dormir à noite por falta de ar ou necessidade de colocar vários travesseiros.
• Falta de ar.
• Abdômen aumentado.
• Perda de apetite.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da doença é feito clinicamente. No entanto, nem sempre ele acontece de forma rápida, pois é comum que o paciente e, até mesmo, alguns profissionais da saúde subestimem os sintomas ou acreditem que é algo pulmonar, o que dificulta o diagnóstico precoce.
Temos um arsenal imenso que nos ajuda no diagnóstico. O exame de sangue nos mostra a alta dosagem de uma proteína que protege o coração. Os de imagem podem indicar o aumento do tamanho do órgão, e o ecocardiograma consegue ver o desempenho e funcionamento do músculo. No entanto, o diagnóstico da insuficiência em si é mais a história clínica, o exame físico e o complementar
Diagnóstico feito e doença constatada; o primeiro passo é a mudança no estilo de vida. Embora o índice de cura seja muito pequeno, em grande parte dos casos, a pessoa convive bem com a doença.
Por isso, é importante que os pacientes com insuficiência façam atividade física, restrinjam alimentos, como o sal, o excesso de líquido, e façam uso dos medicamentos corretos. “Esse tratamento é composto por diferentes fármacos, vários medicamentos que auxiliam na melhora do desempenho do coração. Claro que não pode deixar de tratar a causa, mas isso já melhora a qualidade de vida do paciente”.
Quando o paciente não responde a esse tipo de tratamento, ainda tem outros tratamentos disponíveis, como alguns marca-passos específicos para doença cardíaca, chamados de ressincronizadores, e o transplante do coração.
Por fim, é muito importante poder contar com uma estrutura como a oferecida pelo HCor, que disponibiliza aos pacientes um cuidado multidisciplinar com enfermeira, nutricionista, farmacêutica, fisioterapeuta e psicólogo. Isso melhora a orientação e aumenta a adesão ao tratamento
explica o especialista.
Confira o áudio completo da entrevista com o Dr. Felix Ramires sobre Insuficiência Cardíaca
Parte 1
Parte 2
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