A obesidade representa o problema nutricional de maior crescimento na população observado nos últimos anos, sendo considerada uma epidemia mundial, presente nos países desenvolvidos e também naqueles em desenvolvimento e no Brasil, mais da metade da população está com sobrepeso e a obesidade já atinge 20% nos adultos.
O crescimento econômico, a urbanização e a mudança nos padrões de consumo são alguns aspectos para esse aumento do sobrepeso. Muitas pessoas têm deixado de consumir alimentos naturais, ricos em nutrientes importantes para saúde e aumentando a ingestão de alimentos ultraprocessados, ricos em açúcar, sal e gorduras e de baixa qualidade nutricional.
Um programa alimentar individual e flexível, com foco em reeducação, geralmente obtém mais sucesso, devendo considerar, além da quantidade de calorias, as preferências alimentares, condições sócio-econômicas, estilo de vida e requerimento energético para manutenção da saúde.
A redução de peso é atingida a partir da orientação de uma dieta hipocalórica, com quantidades adequadas dos principais nutrientes (proteínas, minerais e vitaminas), baixa ingestão de gorduras e carboidratos e maior consumo de fibras. As modificações no estilo de vida (reeducação alimentar + atividade física + modificação comportamental) formam a base de qualquer plano de perda de peso. Na presença do insucesso dessa intervenção, o tratamento medicamentoso pode ser indicado, atuando como adjuvante à terapia não medicamentosa. Há várias combinações de fármacos que têm ação no sistema nervoso central. Resultados de pesquisas recentes demonstram que o ácido hidroxítrico (HCA), extraído da casca da fruta cítrica Garcinia Cambogia, quando administrado antes das refeições pode levar a uma perda de peso em indivíduos obesos, reduzindo significativamente a ingestão de alimentos por meio do aumento da saciedade.
Rosana Perim Costa – nutricionista, mestre em Ciências da Saúde e especialista em Nutrição em Cardiologia – SOCESP e gerente de nutrição – HCor.
Fonte: Brasília Agora