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Estar acima do peso ideal não significa necessariamente que se tem uma doença. Entretanto, o sobrepeso pode desencadear uma série de enfermidades. O alerta é da Dra. Regeane Trabulsi Cronfli, endocrinologista do HCor.
Segundo a endocrinologista, problemas na coluna vertebral, nos joelhos e varizes em membros inferiores podem ser consequências da obesidade, mas não podemos nos esquecer de que o coração também sofre com o sobrepeso. “Embora nem todas as pessoas que sofram de qualquer tipo de cardiopatia estejam acima do peso ideal, a obesidade pode agravar ou até mesmo desencadear um problema”.
Entram na lista de doenças que podem encontrar na obesidade um agravante as seguintes enfermidades:
– Aterosclerose coronariana: depósito de gordura nas artérias que nutrem o miocárdio, o músculo cardíaco.
– Miocardiopatia isquêmica: condição resultante das obstruções das artérias coronárias e causa da angina pectoris e dos infartos do miocárdio.
– Hipertensão arterial: e suas consequências, como a miocardiopatia hipertensiva e a hipertrofia do ventrículo esquerdo.
– Diabetes mellitus: a doença metabólica que mais eleva o risco cardiovascular, entre outras.
Para saber mais, assista à playlist HCor Explica sobre Obesidade abaixo:
Evite engordar
Prevenir, como sempre, é a forma mais eficaz de evitar uma doença.
Quem quer diminuir as chances de desenvolver uma cardiopatia deve tomar cuidado para não engordar, além de manter uma atividade física regular e frequente por, pelo menos, 150 minutos por semana, aconselha a endocrinologista.
“Também ajuda ter para si a regra de que comida não é passatempo, nem forma de dissipar a ansiedade. Procure ingerir basicamente alimentos naturais, evitando os industrializados. Controle a ingestão de sal e de açúcar e evite as frituras e toda a gordura aparente”, completa a médica do HCor.
Fique de olho na cintura e evite a obesidade
Embora muitos não saibam, a obesidade abdominal está diretamente associada a maior risco de cardiopatias. Assim, a medida da circunferência abdominal constitui uma maneira de se autoavaliar.
Para se fazer essa avaliação, deve-se medir o perímetro abdominal e se atentar ao resultado. “Temos alguns números padrões. De maneira geral, considera-se que homens com circunferência abdominal igual ou superior a 94 cm possuem risco de desenvolver cardiopatias aumentado. Para mulheres, o valor a ser considerado é de 80 cm. Contudo, há variações nesses valores a depender da etnia do paciente e da idade”, explica a endocrinologista do HCor.
Hora de emagrecer
Segundo a endocrinologista Dra. Regeane, se a pessoa é completamente saudável, o sobrepeso não costuma causar maiores problemas de saúde. Contudo, para quem tem alguma tendência a hipertensão arterial, diabetes, varizes em membros inferiores, problemas na coluna lombar, um sobrepeso já pode trazer problemas.
De maneira geral, toleramos bem aumentos de peso que não superem 20% do peso ideal de cada pessoa. Acima disso é preciso agir.
Procurar a orientação de um médico e um nutricionista é o primeiro passo. Eles poderão aferir se o ganho de peso trouxe consequências (como por exemplo cardiopatias) e se as mesmas necessitam de tratamento específico. Às vezes, além do emagrecimento, é necessário seguir uma orientação nutricional adequada à idade e situação atual. Além disso, é necessário incorporar a prática de uma atividade física de forma regular e frequente. Vale até caminhadas, desde que se utilizem calçados adequados e com distâncias gradativamente crescentes.
Por fim, é importante alertar que, infelizmente, não basta ser magro para estar imune a problemas cardíacos. Uma pessoa magra também pode ser hipertensa, ter excesso de colesterol, ou mesmo, ter diabetes, condições suficientes para o desenvolvimento de cardiopatias. “Além disso, uma pessoa magra pode ter problema em alguma válvula cardíaca, bloqueio na condução dos estímulos elétricos do coração ou algum tipo de arritmia cardíaca, por exemplo. Estar com os exames em dia é a melhor forma de saber exatamente como anda a saúde do coração”, garante a endocrinologista.
Saiba mais sobre a obesidade
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