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HCor é pioneiro no Brasil e na América Latina no implante de válvula pulmonar por cateterismo

HCor é pioneiro no Brasil e na América Latina no implante de válvula pulmonar por cateterismo

Em dois anos foram realizados 30 procedimentos no HCor e 50 casos na América Latina sob a coordenação do intervencionista pediátrico Dr. Carlos Pedra; As valvopatias – doenças das válvulas -, são responsáveis por cerca de 30% das cirurgias cardíacas em adultos e por 80% das cirurgias cardíacas em crianças no Brasil

O HCor (Hospital do Coração) é pioneiro na técnica de implante de válvula pulmonar por cateterismo. Desde o primeiro procedimento, feito em 2013, já foram realizados 30 cirurgias minimamente invasivas com sucesso no HCor e outros 50 casos na América Latina (Chile e Argentina), sob a coordenação do intervencionista pediátrico Dr. Carlos Pedra. A válvula pulmonar, denominada Melody Transcatheter, desenvolvida na Universidade de Michigan, tem o objetivo de ajudar os pacientes a prevenir ou retardar a necessidade de múltiplas cirurgias de coração aberto.

A válvula Melody Transcatheter é introduzida no coração através de um cateter inserido em uma veia na perna do paciente, que navega através dos vasos sanguíneos até o coração. Uma vez no local, o balão é inflado e implantado a válvula durante o cateterismo cardíaco. Este procedimento é eficaz no tratamento destes pacientes, para preveni-los de várias cirurgias de coração aberto e ajuda-los a ter uma melhor qualidade de vida.

De acordo com o intervencionista pediátrico do HCor (Hospital do Coração), Dr. Carlos Pedra, quando alguns bebês nascem com defeitos congênitos em sua válvula pulmonar, que é responsável por regular o fluxo de sangue para os pulmões, eles podem necessitar de cirurgia para ter um canal ou tubo de substituição dessa válvula, e múltiplas cirurgias de coração aberto são necessárias para substituí-la ao longo do tempo.

“A válvula Melody é uma inovação revolucionária que permite aos cardiologistas implantarem uma válvula no coração através de um pequeno cateter que é inserido na veia da perna até o coração. Os pacientes não precisam de pontos. A incisão é muito pequena e o paciente vai para casa no dia seguinte e pode voltar ao trabalho ou à escola em poucos dias”, esclarece Dr. Carlos Pedra.

Crianças que nascem com esses defeitos na válvula pulmonar precisam ter um canal ou tubo colocado do ventrículo direito para as artérias pulmonares permitirem o fluxo de sangue aos pulmões. Esses tubos não crescem com os pacientes. Alguns só duram um ano ou dois e outros podem durar mais de uma década. “Pacientes com tubos precisam ter múltiplas cirurgias de coração aberto para receber novas válvulas, quando elas se tornam estreitas demais. Evitar este tipo de cirurgia é fundamental para melhorar a qualidade de vida de qualquer paciente com defeito cardíaco congênito”, enfatiza Dr. Pedra.

Válvula pulmonar:

A válvula pulmonar abre e fecha continuamente, com a finalidade de controlar o fluxo de aproximadamente cinco litros de sangue por minuto no organismo. Elas atuam como comportas fazendo com que o sangue circule em um único sentido a cada contração. O trabalho tem a função de abastecer tecidos e órgãos com oxigênio e nutrientes e retirar impurezas, por meio da filtragem do sangue nos pulmões. Quando essas válvulas apresentam defeitos e deixam de funcionar com precisão podem ocasionar problemas cardíacos muito graves.