A prática regular de exercícios pode ajudar a prevenir doenças cardíacas e AVCs, fortalecendo o músculo cardíaco, além de reduzir a pressão arterial e aumentar os níveis de HDL (colesterol bom), diminuindo os níveis de LDL (colesterol ruim) e a melhora na circulação sanguínea
Existem muitas evidências mostrando que o exercício físico regular reduz o risco do AVC (acidente vascular cerebral). A atividade física, sob orientação médica, tem um efeito favorável na redução da pressão arterial, peso corporal e coagulação sanguínea, além de aumentar a capacidade cardiorrespiratória, reduzindo a pressão sanguínea do corpo em repouso, o que diminui o risco do AVC. Outro aspecto importante da prática de atividade física após o AVC é a melhora da qualidade de vida desses pacientes.
A avaliação dos benefícios de um programa de exercícios físicos para pessoas que tiveram AVC com tempo superior a seis meses mostrou que, além da melhora nas limitações funcionais como resistência, equilíbrio e mobilidade, foi observada, também, uma evolução na qualidade de vida nos meses iniciais da reabilitação. “Atualmente já sabemos que os exercícios físicos reduzem os riscos de uma pessoa ter AVC. Estudos comprovam que basta um indivíduo realizar trinta minutos de atividades diárias de intensidade moderada para que o risco de se ter um AVC seja reduzido”, esclarece o fisiologista do esporte do HCor (Hospital do Coração), Diego Leite de Barros.
Atividade física: forte aliada na prevenção do AVC
A atividade física além de propiciar a sensação de bem-estar, melhora a autoestima, reduz os sintomas depressivos e ansiosos e traz benefícios ao organismo. Se praticada de forma correta e disciplinada, os exercícios reduzem a gordura corporal e aumentam a massa muscular, além de diminuírem os níveis de açúcar no sangue e a melhora na capacidade pulmonar, aumentando o aproveitamento do consumo de oxigênio – consequentemente, o músculo cardíaco se torna mais forte.
“O comportamento sedentário está associado ao risco aumentado de ser acometido por alguma doença, dentre eles o AVC. A atividade física previne o AVC porque ela diminui os fatores de risco que podem desencadear a doença, como por exemplo, o colesterol alto, hipertensão e diabetes”, afirma o fisiologista.
Quem pratica exercícios regulares evita o tabagismo, melhora o controle do diabetes e da hipertensão arterial, controla os níveis elevados de triglicérides, provoca elevação do colesterol bom (HDL) e evita alimentos que causam a obesidade e melhora o bom astral. “A certeza de que pouco ou nada vá acontecer depende basicamente desse controle, da regularidade dos bons hábitos e, sem dúvida, da herança genética de cada um. Mas se houver plena atenção com a saúde, o AVC pode ser evitado”, explica o fisiologista do esporte do HCor.
AVC: a importância de controlar os fatores de riscos
As causas mais comuns de um AVC são: hipertensão arterial, tabagismo, vida sedentária, doenças cardíacas, níveis elevados de colesterol, diabetes, obesidade e, por fim, o estresse emocional. Mas em quem e quando pode ocorrer? “Embora o risco de AVC seja levemente maior no sexo masculino, não há dúvida que a presença desses fatores de risco, inclusive nas mulheres, e não convenientemente controlados, facilitam o desencadeamento de um infarto do miocárdio ou de um AVC, que pode ter duas formas de se apresentar: o AVC isquêmico ou AVC hemorrágico”, alerta Dr. Eli Faria Evaristo, neurologista do HCor.
De acordo com o neurologista do HCor, o AVC isquêmico (mais comum) é quando uma artéria do pescoço ou do cérebro se obstrui por um trombo (coágulo) ou placa de gordura, provocando a falta de irrigação de sangue em uma parte do cérebro. “Já o AVC hemorrágico se dá quando uma artéria se rompe no lugar onde sua capa está mais fina (suas paredes são mais fracas) ou onde exista uma dilatação local (como se fosse uma bolha fina, conhecida como aneurisma)”, salienta.